domingo, 10 de junho de 2007

Povo Lusitano

Óh! destemido povo LUSITANO
Que te impuseste aos romanos
Resististe aos castelhanos
Expulsaste os árabes
Venceste batalhas aos espanhóis
Uniste um território
A que deste o nome de PORTUGAL

Aventuraste-te em caravelas
Por oceanos longínquos
Venceste ventos e marés
Encontraste povos desconhecidos
Deste a conhecer a estas gentes
Que os povos devem ser unidos

Tua história tem sido abafada
Por outros países que te seguiram
Apagando teus navegadores
E colocando o acaso de Colombo
Como o grande descobridor

Quem não é ignorante
Não se deixará iludir
Por propaganda tão ultrajante
Que lhes querem incutir
Camões deixou bem escrito
A epopeia do teu povo
Quem quiser toda a verdade
Deve-o tornar a ler de novo

Prometemos-te povo LUSO
Restituir o mérito e a vitória
E contar a verdade ao mundo
Contra os que te quiseram fazer mal
Recordando a tua História
Em nome de Portugal

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Gaivota

O Mundo Em Que Nada Se Resolve

(E. M. Cioran)

Há alguma coisa na terra de que não se pode duvidar além da morte, a única certeza deste mundo? Duvidar e continuar vivendo – eis um paradoxo, embora não um paradoxo trágico, desde que a dúvida é menos intensa, menos consumptiva do que o desespero. A dúvida abstrata, da qual se participa de maneira parcial, é mais frequente, enquanto do desespero se participa total e organicamente. Nem mesmo as formas mais orgânicas e sérias da dúvida atingem a intensidade do desespero. Comparado ao desespero, o ceticismo se caracteriza por um certo volume de diletantismo e de superficialidade. Posso duvidar de tudo, posso sorrir com desdém para o mundo, mas isso não me impedirá de comer, de dormir pacificamente ou de me casar. No desespero, cujas profundidades só podemos sondar experimentando-o, tais ações são possíveis apenas com um grande esforço. Assim, um homem genuinamente desesperado não pode esquecer a sua própria tragédia: sua consciência preserva a atualidade dolorosa de seu tormento subjetivo. A dúvida é ansiedade quanto a problemas e coisas e tem suas origens na natureza insolúvel de todas as grandes questões. Se tais questões pudessem ser resolvidas, os céticos reverteriam para estados mais normais. A condição do desesperado, a esse respeito, é totalmente diferente: se todos os problemas se resolvessem, ele não se tornaria menos ansioso, já que sua ansiedade emerge de sua própria existência subjetiva. O desespero é o estado no qual a ansiedade e a inquietude são imanentes à existência. Ninguém, no desespero, sofre com “problemas”, mas com o seu próprio tormento e fogo interior. É uma lástima que nada possa ser resolvido neste mundo. No entanto, nunca houve, nem nunca haverá, alguém que se suicidasse por essa razão. E o mesmo vale para o poder que a ansiedade intelectual exerce sobre a ansiedade total de nosso ser! É por isso que prefiro a vida dramática, consumida por fogos íntimos e torturada pelo destino, à vida intelectual, enleada em abstrações que não engajam a essência de nossa subjetividade. Desprezo no pensamento abstrato a ausência de riscos, de loucura, de paixão. Quão fértil e vivo é o pensamento passional! O lirismo o alimenta como sangue bombeado para um coração! É interessante observar o processo dramático pelo qual os homens, originalmente preocupados com problemas abstratos e impessoais, tão objetivos a ponto de se esquecerem de si mesmos, passam a refletir sobre sua própria subjetividade e sobre questões existenciais, quando experimentam a doença e o sofrimento. Os homens ativos e objetivos não dispõem de suficientes recursos interiores para fazer do seu próprio destino um problema interessante. É necessário descer por todos os círculos de um inferno íntimo para converter o destino de alguém num problema subjetivo e também universal. Se não fores reduzido a cinzas, então serás capaz de filosofar liricamente. Somente quando não te dignas sequer de desprezar este mundo de problemas insolúveis alcançarás uma forma superior de existência pessoal. E isso acontecerá não porque tens qualquer valor especial ou qualquer excelência, mas porque nada te interessa para além de tua própria agonia pessoal.

(On the heights of despair – Tradução de Renato Suttana)

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Global Warming

As verdades e mentiras do tão sensacionalista e mediático “Global Warning”


http://video.google.com/videoplay?docid=4499562022478442170&q=Global+Warming


sexta-feira, 25 de maio de 2007

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Jogo Xadrez

EEmperor com as peças brancas. Eu com as negras.

- “Parece que tas a jogar xadrez pacifista!” - diz o meu adversario...

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Magnificat (original e traduzido)


Quando é que passará esta noite interna, o universo,
E eu, a minha alma, terei o meu dia?
Quando é que despertarei de estar acordado?
Não sei. O sol brilha alto,
Impossível de fitar.
As estrelas pestanejam frio,
Impossíveis de contar.
O coração pulsa alheio,
Impossível de escutar.
Quando é que passará este drama sem teatro,
Ou este teatro sem drama,
E recolherei a casa?
Onde? Como? Quando?
Gato que me fitas com olhos de vida, Quem tens lá no fundo?
É Esse! É esse!
Esse mandará como Josué parar o sol e eu acordarei;
E então será dia.
Sorri, dormindo, minha alma!
Sorri, minha alma: será dia!


When will this inner night – the universe – end
And I – my soul – have my day?
When will I wake up from being awake?
I don’t know. The sun shines on high
And cannot be looked at.
The stars coldly blink
And cannot be counted.
The heart beats aloofly
And cannot be heard.
When will this drama without theater
– Or this theater without drama – end
So that I can go home?
Where? How? When?
O cat staring at me with eyes of life, Who lurks in your depths?
It’s Him! It’s him!
Like Joshua he’ll order the sun to stop, and I’ll wake up,
And it will be day.
Smile, my soul, in your slumber!
Smile, my soul: it will be day!



domingo, 13 de maio de 2007

sábado, 12 de maio de 2007

"Gde ruki, ruki, ruki" XD

As melhores músicas que passaram pela Eurovisão 2007.

A Bulgaria com "Water":




E a Ucrânia com "Dancing Lasha Tumbai":





Hello everybody, my name is Verka Serduchka
Speak English? Nicht verstehen? Speak English? Don't understand?
Let's get dancing

Sieben, sieben, ai lyu-lyu
Sieben, sieben, eins, zwei
Sieben, sieben, ai lyu-lyu
Eins, zwei, drei

Sieben, sieben, ai lyu-lyu
Sieben, sieben, eins, zwei
Sieben, sieben, ai lyu-lyu
Eins, zwei, drei

Tanz

Sieben, sieben, ai lyu-lyu
Sieben, sieben, eins, zwei
Sieben, sieben, ai lyu-lyu
Eins, zwei, drei

Sieben, sieben, ai lyu-lyu
Sieben, sieben, eins, zwei
Sieben, sieben, ai lyu-lyu
Eins, zwei, drei

Tanzen
Tantsevat horosho
Gde ruki, ruki, ruki
Tanz

I want you sing: aha...
I want you sing: aha...
I want you sing: aha...
I want you sing: aha...

Tanzen

I want you sing: Russia goodbye
I want you sing: Russia goodbye
I want you sing: Russia goodbye I want you sing

Tanzen

Lala lalala... la lalala lalala...

I want you sing: aha...
I want you sing: aha...
I want you sing: aha...
I want you sing: aha...

I want you sing: Russia goodbye
I want you sing: Russia goodbye
I want you sing: Russia goodbye I want you sing

Tanzen
??

Ukraina tse klyova
Ukraina lybit tantsuvati
Tantsuemo Maidan

Lala lalala... la lalala lalala...


Okay, happy end

terça-feira, 8 de maio de 2007

Mi vestido azul

Gosto desta música da Floribella argentina (Floricienta). Tem uma voz bonita... ^-^




Y yo te voy a esperar
y no me voy a pintar
ya sé que te gusto mucho
cuando me ves natural.
Y llegaré tan puntual
no quiero perder más tiempo
cada segundo que tardás
es un beso que te resto.
Me pondré el vestido azul
que séque te gusta más
dejaré mi pelo suelto
para que baile en el viento.
Y en nuestra esquina de siempre
el aire se ha perfumado
porque en todas las ventanas
el amor se está asomando.

[Estribillo:]
Pero no vino nunca, no llegó
y mi vestido azul se me arrugó
y esta esquina no es mi esquina
y este amor ya no es mi amor.
Pero no vino nunca, no llegó
y yo jamás sabré lo que pasó
me fui llorando despacio
me fui dejando el corazón

Y me robaste la esquina
y me quede tan perdida
a dónde vuelan mis sueños
a un callejón sin salida.
Y me quité mi vestido
que tanto te gustaba
total me siento deznuda
total ya no tengo nada.

[Estribillo]

Y él no vino nunca
no llegó.

domingo, 6 de maio de 2007

Dia da Mãe

Não esquecer nunca a mãe suprema de todos os seres… a mãe Natureza.

sábado, 5 de maio de 2007

Cavaleiro Monge




Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por casas, por prados,
Por quinta e por fonte,
Caminhais aliados.

Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por penhascos pretos,
Atrás e defronte,
Caminhais secretos.

Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por plainos desertos
Sem ter horizontes,
Caminhais libertos.

Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por ínvios caminhos,
Por rios sem ponte,
Caminhais sozinhos.

Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
Por quanto é sem fim,
Sem ninguém que o conte,
Caminhais em mim.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Ponte Antiga

uma ponte muito antiga, num lugar especial...


domingo, 29 de abril de 2007

Moinho de Vento


a verdadeira viagem é o regresso...


quarta-feira, 25 de abril de 2007

Comentários mordazes à noite de 24 de Abril

Na noite de 24 de Abril no parque da cidade (Barreiro), agora transformado num parque infantil pela quantidade de ‘jovens’ presentes nele.

Fui apenas para ver o cantor Pedro Abrunhosa, gosto de algumas músicas dele, especialmente o seu ultimo single. Mas quando ele abriu a boca para dizer as usuais mentiras comunistas e difamar algo que nem sequer conhece realmente… aí desiludi-me, mas também eu já devia saber -.- Não o sabia tão ignorante em relação a coisas que estão à frente dos olhos daqueles que sabem ver, devia experimentar tirar os óculos um dia. Momento bastante cómico foi quando ele cantou uma musica dedicada ao Gisberta o travesti que morreu. E a música que eu queria ouvir só a cantou quase no fim -.- Ele tem muita piada.

Os pseudo defensores da liberdade e democracia estavam lá todos contentes a ‘brincar’ com cravos. É uma flor gira, mas no contexto comuna é diabólico. Os comunistas bem podiam era terem fumado os charros todos em casa, fumar seja o que for em locais públicos é de extrema falta de educação e civismo. No meio desse cenário deprimente pude ter consciência de como esse tipo de gente é. Escravos mentecaptos que se julgam muito livres e defensores da liberdade, mas que estão tão acorrentados e vendados que eu só me pergunto a mim mesma, como é que eles não notam o peso das correntes que transportam… talvez seja o efeito da cannabis que ilusoriamente os faz sentirem-se mais leves. Enfim… XD

Depois do concerto, o fogo de artificio, que durou longos minutos e nem foi nada de especial.


E ao olhar para o fogo a explodir no céu, lembrei-me “Mas e a CM não estava endividada? E mesmo assim queima dinheiro nisto?” Depois vão aumentar os transportes e mais não sei o quê, e deixam de fazer as coisas mais urgentes como tapar os buracos das estradas por exemplo. Preferem antes queimar dinheiro no céu. Irresponsáveis. Mas também é a nós que vão roubar o dinheiro para essas merdas, como muito bem sabem fazer esses ladrões pseudo defensores de tudo e mais alguma coisa.

Vá, chamem-me lá de fascista por ter escrito a minha opinião e não pensar da mesma forma que vocês, defensores da pseudo liberdade. Do meu ponto de vista os fascistas e anti democráticos são vocês comunas =)

Pela verdadeira liberdade e contra as perseguições a pessoas com outros pontos de vista. A verdade dói mas não mata, por isso… libertem-se!

(Agradecimento especial à J.Dias que gentilmente me cedeu as fotos.) ^-^

segunda-feira, 23 de abril de 2007

"Quem me leva os meus Fantasmas?"


Aquele era o tempo
Em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam,
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acessos.

Marinheiros perdidos em portos distantes
Em bares escondidos, em sonhos gigantes.
E a cidade vazia, da cor do asfalto,
E alguém me pedia que cantasse mais alto

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

Aquele era o tempo
Em que as sombras se abriam, em que os homens negavam
O que outros erguiam.
E eu bebia da vida em goles pequenos,
Tropeçava no riso, abraçava venenos.

De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala, nem a falha no muro.
E alguém me gritava, com voz de profeta.
Que o caminho se faz, entre o alvo e a seta.

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

De que serve ter o mapa
Se o fim está traçado,
De que serve a terra à vista
Se o barco está parado,
De que serve ter a chave
Se a porta está aberta,
De que servem as palavras
Se a casa está deserta?

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

quarta-feira, 11 de abril de 2007

300


Lindo, brutal, excelente, espectacular, arrojado, inspirador, um dos melhores filmes que já vi, superou em muito as minhas expectativas. ''Pelas mulheres e homens livres! Por Esparta!'', simplesmente excelente.

sábado, 7 de abril de 2007

Boa Páscoa

Nesta Páscoa segue o coelho branco.



"Wake up, Neo. The Matrix has you. Follow the white rabbit." - in Matrix








domingo, 1 de abril de 2007

Oráculo de Delfos



"Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo".



Frase inscrita no Oráculo de Delfos há mais de 2500 anos.


domingo, 25 de março de 2007

A evolução da forma


Toda forma que vês
tem seu arquétipo no mundo sem-lugar.
Se a forma esvanece, não importa,
permanece o original.

As belas figuras que viste,
as sábias palavras que escutaste,
não te entristeças se pereceram.

Enquanto a fonte é abundante,
o rio dá água sem cessar.
Por que te lamentas se nenhum dos
dois se detém?

A alma é a fonte,
e as coisas criadas, os rios.
Enquanto a fonte jorra, correm os rios.
Tira da cabeça todo o pesar
e sorve aos borbotões a água deste rio.
Que a água não seca, ela não tem fim.

Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti,
para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode ser isto segredo para ti?

Finalmente foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo; um punhado de pó
vê quão perfeito se tornou!

Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu.

Passa de novo pela vida angelical,
entra naquele oceano,
e que tua gota se torne o mar,
cem vezes maior que o Mar de Oman.

Abandona este filho que chamas corpo
e diz sempre Um; com toda a alma.
Se teu corpo envelhece, que importa?
Ainda é fresca tua alma.



Jalal ud-Din Rumi
Poeta e místico sufi do século XIII(Poemas Místicos, Ed. Attar, 1996)

quarta-feira, 14 de março de 2007

Canção


Silfos ou gnomos tocam?...
Roçam nos pinheirais
Sombras e bafos leves
De ritmos musicais.


Ondulam como em voltas
De estradas não sei onde,
Ou como alguém que entre árvores
Ora se mostra ou esconde.


Forma longínqua e incerta
Do que eu nunca terei...
Mal oiço, e quase choro,
Por que choro não sei.


Tão ténue melodia
Que mal sei se ela existe
Ou se é só o crepúsculo,
Os pinhais e eu estar triste.


Mas cessa, como uma brisa
Esquece a forma aos seus ais;
E agora não há mais música
Do que a dos pinheirais.


quinta-feira, 8 de março de 2007

terça-feira, 6 de março de 2007

O Labirinto do Fauno



Filme muito interessante que parece ser composto por duas realidades que basicamente retratam a mesma situação. A realidade dos adultos e a realidade de “contos de fadas” da menina Ofélia. Cada um vai interpretar de maneira diferente... de uma forma mais “real” e outra digamos que mística ou de realidade dentro de outra realidade. O que é verdadeiro ali? A realidade dos humanos? Dos outros seres místicos? Ou ambos? Eu gostei da conjugação. A moral de O Labirinto do Fauno, mesmo expressa de maneiras diferentes (uma mais real e outra de “contos de fadas”) é a mesma, e é a seguinte:

Nunca obedeças cegamente a uma ordem sem antes questionares se o que te estão a pedir é certo ou errado

As personagens que mais gostei... o Fauno pelo seu fascínio, o capitão Vidal pela sua disciplina e aprumo, a Mercedes quando enfrentou o capitão, e claro a Ofélia ^-^ e as fadas/insecto! heheheh



Na mitologia:

Fauno, também chamado de Sátiro ou Silvano. Protector das lavouras e dos rebanhos, Fauno foi ocasionalmente adorado como divindade silvestre. Os ecos e sons do bosque eram atribuídos a sua voz. Na Mitologia Romana
, os faunos são a multiplicação tardia do deus Fauno, cujo nome deriva do latim favere, "ser favorável", "benéfico". Fauno era representado como um ancião de longa barba, vestido com pele de cabra, às vezes munido de uma cornucópia. Nisto ele se assemelhava ao deus grego . Na evolução do mito, Fauno apareceu como neto de Saturno e era representado com patas de bode, como os sátiros gregos. Nessa fase o deus se multiplicou em numerosos faunos, semideuses representados com chifres, cauda e cascos de bode, mortais porém longevos. Assim como Pã, Fauno era um deus alegre. As lupercais, festas anuais que se realizavam na Roma antiga no mês de Fevereiro e que se prolongaram pela era cristã, eram dedicadas a Fauno e destacavam seu carácter de protector dos pastores e dos rebanhos contra todos os perigos, especialmente o dos lobos. Durante as lupercais, os jovens, vestidos com peles de cabra, corriam pelas ruas de Roma, celebrando assim os antigos ritos, segundo os quais os sacerdotes do deus partiam de seu santuário, situado numa gruta do monte Palatino, e dançavam ao redor dos antigos muros da cidade para pedir ao deus a fecundidade dos campos, dos animais e dos homens. Ao lado de Fauno, na mitologia aparece Fauna, sua esposa, irmã ou filha. Segundo certas versões, ela teria atributos semelhantes aos do deus.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Eclipse Lunar
















Sábado dia 3 de Março por volta das 20:16 estava a Lua a entrar na zona de penumbra, o começo do eclipse lunar. E eu fiquei sentada de binóculos a olhar pró céu. Vi até atingir a fase máxima do eclipse, quando a sombra da Terra ocultou totalmente a superfície brilhante da Lua. Foi o primeiro eclipse lunar que observei e achei muito bonito. Só queria ter um telescópio pra próxima ^-^


O horário das diversas fases do eclipse:
Entrada na penumbra: 20h16
Entrada na sombra: 21h29
Início da totalidade: 22h43
Máximo do eclipse total: 23h20
Fim da totalidade: 23h57
Saída da sombra: 1h11
Saída da penumbra: 2h25


clicar nesta imagem pra saber mais sobre eclipses

quinta-feira, 1 de março de 2007

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

E o Grande Lobo diz...

- Que cada um fique com o seu quarto, mas que todos se unam para defender a casa.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Grandes são os desertos, e tudo é deserto.


Grandes são os desertos, e tudo é deserto.
Não são algumas toneladas de pedra ou tijolos ao alto
Que disfarçam o solo, o tal solo que é tudo.
Grandes são os desertos e as almas desertas e grandes –
Desertas porque não passa por elas senão elas mesmas,
Grandes porque de ali se vê tudo, e tudo morreu.

Grandes são os desertos, minha alma!
Grandes são os desertos.

Não tirei bilhete para a vida,
Errei a porta do sentimento,
Não houve vontade ou ocasião que eu não perdesse.
Hoje não me resta, em véspera de viagem,
Com a mala aberta esperando a arrumação adiada,
Sentado na cadeira em companhia com as camisas que não cabem,
Hoje não me resta (à parte o incómodo de estar assim sentado)
Senão saber isto:
Grandes são os desertos, e é tudo deserto.
Grande é a vida, e não vale a pena haver vida.

Arrumo melhor a mala com os olhos de pensar em arrumar
Que com arrumação das mãos factícias (e creio que digo bem).
Acendo o cigarro para adiar a viagem,
Para adiar todas as viagens.
Para adiar o universo inteiro.

Volta amanhã, realidade!
Basta por hoje, gentes!
Adia-te, presente absoluto!
Mais vale não ser que ser assim.

Comprem chocolates à criança a quem sucedi por erro.
E tirem a tabuleta porque amanhã é infinito.

Mas tenho que arrumar a mala,
Tenho por força que arrumar a mala,
A mala.
Não posso levar as camisas na hipótese e a mala na razão.
Sim, toda a vida tenho tido que arrumar a mala.

Mas também, toda a vida, tenho ficado sentado sobre o canto das camisas empilhadas,
A ruminar, como um boi que não chegou a Ápis, o destino.

Tenho que arrumar a mala de ser.
Tenho que existir a arrumar malas.
A cinza do cigarro cai sobre a camisa de cima do monte.
Olho para o lado, verifico que estou a dormir.
Sei só que tenho que arrumar a mala,
E que os desertos são grandes e tudo é deserto,
E qualquer parábola a respeito disto, mas dessa é que já me esqueci.

Ergo-me de repente todos os Césares.
Vou definitivamente arrumar a mala.
Arre, hei-de arrumá-la e fechá-la;
Hei-de vê-la levar de aqui,
Hei-de existir independentemente dela.

Grandes são os desertos e tudo é deserto.
Salvo erro, naturalmente.
Pobre da alma humana com oásis só no deserto ao lado!

Mais vale arrumar a mala.
Fim.


04/10/1930
Alvaro de Campos

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Lenda das Amendoeiras em Flor


Amendoeiras, nome vulgar de algumas árvores amigdalíferas, da família das Rosáceas, cujos frutos são as amêndoas. Eu costumava parti-las com uma pedra grande, mesmo à bárbaro. Os meus avós apanhavam-nas e tratavam delas. E depois era só jogar a mão apanhar umas quantas, pegar numa pedra grande e desfrutar.

Esta lenda eu ouvia-a varias vezes na escola na minha infância...


"Há muitos e muitos séculos, antes de Portugal existir e quando o Al-Gharb pertencia aos árabes, reinava em Chelb, a futura Silves, o famoso e jovem rei Ibn-Almundim que nunca tinha conhecido uma derrota. Um dia, entre os prisioneiros de uma batalha, viu a linda Gilda, uma princesa loira de olhos azuis e porte altivo. Impressionado, o rei mouro deu-lhe a liberdade, conquistou-lhe progressivamente a confiança e um dia confessou-lhe o seu amor e pediu-lhe para ser sua mulher. Foram felizes durante algum tempo, mas um dia a bela princesa do Norte caiu doente sem razão aparente. Um velho cativo das terras do Norte pediu para ser recebido pelo desesperado rei e revelou-lhe que a princesa sofria de nostalgia da neve do seu país distante. A solução estava ao alcance do rei mouro, pois bastaria mandar plantar por todo o seu reino muitas amendoeiras que quando florissem as suas brancas flores dariam à princesa a ilusão da neve e ela ficaria curada da sua saudade. Na Primavera seguinte, o rei levou Gilda à janela do terraço do castelo e a princesa sentiu que as suas forças regressavam ao ver aquela visão indiscritível das flores brancas que se estendiam sob o seu olhar. O rei mouro e a princesa viveram longos anos de um intenso amor esperando ansiosos, ano após ano, a Primavera que trazia o maravilhoso espectáculo das amendoeiras em flor."

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Tábua da Esmeralda

A Tábua da Esmeralda segundo a Tradição trata-se de uma lápide, pedra sepulcral repleta de hieróglifos e símbolos sob a qual jazia intacto o corpo de Hermes Trismegisto. As suas primeiras palavras gravadas na lápide são: "É Verdade! É certo! É a Verdade toda! - A seguir vem dizendo: "O que está em baixo é como o que está em cima, e o que está em cima é como o que está em baixo, a fim de que as maravilhas do Uno se realizem.” Na Tábua da Esmeralda encontra-se o texto fundamental de todos os ensinamentos herméticos, base de todo esoterismo e ocultismo antigo que, segundo a Tradição Ocultista Ocidental, foi escrita por Hermes Trismegistus.

Uma tradução da Tábua da Esmeralda:


"É verdade, sem mentira, muito verdadeiro:
O que está em baixo é como o que está no alto, e o que está no alto é como o que está em baixo, para penetrar nas maravilhas da totalidade una
E assim como todas as coisas provieram do princípio único pelo Uno, assim todas as coisas nascidas provieram desta única coisa, por adaptação.
O Sol é seu pai, a Lua, sua mãe;
e o vento o traz em seu seio; a Terra é sua nutriz.
O pai de toda telesma do mundo está aqui.
Sua força é plena, se ela é convertida em terra.
Separarás a terra do fogo, o subtil do denso, suave e engenhosamente.
Eleva-te da terra ao céu, e de novo retorna-te a terra e carrega-te com a força dos superiores e inferiores.
Deste modo possuirás toda a glória do mundo.
E por este motivo todas as trevas afastar-se-ão de ti.
Nisso consiste o poder poderoso de todo poder: quem vencerás todas as coisas subtis e penetrarás tudo o que é sólido.
Assim é criado todo o universo.
De lá vêm as realizações maravilhosas e seu mecanismo está aqui.
É por isto que sou chamado Hermes Trimegisto, possuindo (poder sobre) os três aspectos da filosofia (conhecimento) universal.
O que eu disse da Obra Solar encerra tudo."


Hermes Trismegistus

H ermes Trismegistus é a expressão em latim para "Hermes o Três-Vezes-Grande" derivado do grego Ερμης ο Τρισμεγιστος. Ele foi um personagem histórico ou mítico do antigo Egipto. Em seu aspecto mítico ele foi uma deidade sincrética que combinava aspectos do deus grego Hermes e do deus egípcio Thoth.
Hermes foi considerado, no Egipto Helenístico, o Mensageiro dos Deuses, por ter transmitido os seus ensinamentos a este grande povo da
antiguidade
e ter implantado a tradição sagrada, os rituais sagrados, e os ensinamentos das artes e ciências em suas escolas da sabedoria.
Thot, por seu lado, simbolizava a lógica organizada do universo, estando relacionado aos
ciclos lunares
a qual em suas fases expressa a harmonia do universo. Também era considerado como deus do verbo e da sabedoria e foi naturalmente identificado com Hermes.
A Hermes Trismegistus foi atribuída a escrita de 42 livros sobre
medicina, a astronomia, a astrologia, a botânica, a agricultura, a geologia, as matemáticas, a música, a arquitetura, a ciência política. Entre eles se encontra "O Livro dos Mortos" que é também chamado de "O Livro da Saída da Luz", a coleção literárica conhecida como Corpus Hermeticum, e é-lhe também atribuído o mais famoso texto alquímico, a "Tábua de Esmeralda".

Eu à espera de encontrar mais informações sobre o senhor Trismegistus e só me aparece isto =/ enfim...

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Take Me Down

Take me down, to the underground
Won't you take me down, to the underground
Why of why, there is no light
And if I can't sleep, can you hold my life
And all I see is you
Take my hand, I lost where I began
In my heart I know all my faults
Will you help me understand
And I believe in you
You're the other half of me
Soothe and heal...
When you sleep, when you dream, I'll be there if you need me,
whenever I hear you sing...
There is a sun, it'll come, the sun, I hear them call me down
I held you once, a lover that once, and life had just begun
And you're all I see...
And trumpets blew, and angels flew on the other side
And you're all I see, and you're all I'll need
There's a love that god puts in your heart

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

O rapto de Europa

Europa era muito jovem, belíssima, e Zeus se apaixonou por ela. Para raptá-la sem chamar a atenção de Hera, sua ciumenta esposa, imaginou uma maneira sutil de se aproximar da mocinha.

Certo dia, Europa e algumas amigas divertiam-se numa praia e viram sair do mar um touro belíssimo, branco, com chifres recurvados como duas luas em forma de crescente. O touro era muito manso: permitiu que se aproximassem dele, que o acariciassem e, ao perceber que Europa se aproximara, deitou-se aos seus pés.

A princesa, encorajada pela beleza e pela brandura do animal, sentou-se em seu dorso. Imediatamente o touro se levantou, correu velozmente para o mar e se lançou na água. Europa, muito assustada, agarrou firmemente os chifres e ficou espantada ao ver que, ao invés de afundar, o touro corria na superfície do mar.

Tratava-se, é claro, do ardiloso Zeus... A deusa Hera, não estava por perto, aparentemente, mas o precavido pai dos deuses e dos homens preferiu não se arriscar e usou a forma de touro para se aproximar da princesa.

O deus conduziu Europa à ilha de Creta, onde assumiu forma humana e uniu-se a ela. Tiveram três filhos: Minos, Radamantis e Sarpédon. Mais tarde, Europa casou-se com Astérion, o rei da ilha, que adotou os filhos de Zeus.


Lendas da Grécia Antiga

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Firethorn

Firethorn, na edição portuguesa Espinheiro Sagrado. Acabei de o ler hoje, agora é esperar pelos próximos dois volumes da trilogia.

Epona


Para mim todos os cavalos (fêmea) são Eponas, assim como todos os elefantes são Ganeshes. Quando era viciada em The Legend of Zelda (meu jogo favorito) costumava tocar Epona’s Song e cavalgar com Epona pelos vastos campos de Hyrule. E agora tava-me a lembrar dessa música. Adoro ela. Eu era tão viciada que quando estava em algum lugar parecido com Hyrule pensava em tocar ocarina pra fazer como no jogo. No jogo Epona era uma égua adorável, de pelos castanhos e crina branca.

Epona é na mitologia céltica a deusa dos equinos. O nome “Epona” deriva da palavra céltica “Cavalo”. Protectora dos cavalos mas também animais domésticos em geral. Também era deusa da fertilidade, como demonstrado pelos seus atributos de uma patera, cornucópia, e a presença de potros em algumas esculturas.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Cometa McNaught



O nosso recente visitante, é o cometa mais brilhante dos ultimos 30 anos, infelizmente não tive oportunidade de o ver ainda...

O McNaught foi descoberto em Agosto de 2006 pelo astrónomo australiano Robert McNaught.

Au Revoir

Meu Novo Blog...

Este deve ser o meu 3º ou 4º blog... vamos ver quanto tempo sobrevive...